Uma pausa pode trazer consigo muitas coisas. Um turbilhão de sentimentos. Silêncios. Uma perda. Muitas lágrimas. O desejo de que fosse apenas um sonho ruim que durasse apenas uma noite. A impressão de que o tempo parou por um instante. Talvez um desejo de encontrar uma fenda no tempo que reconduzisse a outros momentos mais alegres. Reviver coisas antigas e felizes.
Mas o tempo não faz isso e não nos proporciona retrocessos milagrosos para reviver nossas alegrias. Ele não espera. Mesmo quando o coração se petrifica de tanta dor. A vida sempre continua sem se importar com as dores particulares de ninguém. O "tratamento" é igualitário, mas não sei até que ponto é democrático...
Eu pensotambém que as alegrias de hoje podem muito bem ser a causa das tristezas e dores de amanhã. Assim como esse sofrimento também pode encontrar consolo nos bons momentos de outrora (talvez)...
É inexplicável e imensurável a dor de uma perda permanente como essa. Saber que é inevitável não ameniza. E ninguém se prepara pra isso. Não é recebida com naturalidade, embora seja um destino comum a todos.
Mas lentamente tudo volta ao normal. O ritmo depende de cada um, mas o curso constante do tempo não deixa ninguém ficar muito tempo no modo "pausa"...
Eu sei bem onde doem e como doem as minhas perdas. Mas me sinto inerte e incapaz diante das dores que não são minhas. Não sei o exato tamanho da ferida. Não sei muito bem a espessura de cada lágrima. Não sei até onde está sangrando aquele coração. Esta perda não foi minha e eu não sei como abreviar esse sofrimento. Isso me perturba muito. Por isso, se eu soubesse que achar uma fenda no tempo ajudava, ainda que fosse pouco, eu começaria a procurar agora mesmo...
Ah Dora, desejo q tudo melhore, de coração viu?
ResponderExcluirE nunca se esqueça: Os ventos que tiram algo que amamos são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar.
Bjos!
Que dizer ao ler tuas palavras?
ResponderExcluirPensar no tempo,
deixá-lo passar,
deixar aqui meu abraço amigo,
pra te consolar,
um ombro amigo para te apoiar.
O tempo passa,
muito mais depressa do que imaginamos.
Quando é alegria,
queremos que ele pára.
Quando é sofrimento,
Que passe mais depressa ainda.
Uma fenda no tempo, querida Dora,
Somos nós que achamos,
Procure e acharás,
Se não a fenda,
Mas o tempo.
Para com ele meditar,
para com ele chorar,
para com ele rir,
para com ele viver...
Beijos cordiais e carinhosos.
Doraaaaaaaaa deve ser de alguém muito amado por você o dono da dor... tomara q passe logo, querida.
ResponderExcluirBeijoO*
AmandA*
A impressão que tive ao ler o texto é que vc está falando de alguém que se foi para sempre, e se é isso mesmo, realmente,não há o que fazer...
ResponderExcluirNa verdade,perdemos várias coisas no decorrer da vida, e vamos nos conformando com essas ausências, substituindo algumas vezes por outras coisas que vão surgindo.
Mas não é fácilencarar as perdas de frente, saber que aquilo que era não será mais.
Achei muito interessante a simbologia que vc usou da fenda...
E também concordo que não podemos ficar no modo "pausa" por muito tempo, pois é exatamente assim que estou me sentindo ultimamente. O problema é que estou nesse modo já faz um bom tempo e não sei onde encontrar o outro botão para mudar de opção.
Adorei o texto, Dora!
Pode ter certeza de que tocou fundo e faz pensar.
Beijos!
Talvez a fenda no tempo seja você mesma, Dora. Um belo exemplo de solidariedade profunda.
ResponderExcluirBeijãozão.
Olá Dora! Olha, muitas vezes levanto as mãos para os céus, e agradeco ao nosso bom DEUS, a graça de ter sido gerado no ventre de uma mulher tão maravilhosa. No próximo domingo, comemora-se o dia das MÃES, porém, já há vários dias atrás, venho pensando nessa mulher, que foi a maior perda que tive nesta vida. Quando a perdi, me revoltei contra tudo e contra todos, cheguei até a imaginar, que o mundo iria acabar para mim, pois, além de MÃE, a mesma foi pai, professora, amiga, protetora conselheira, fada madrinha, anjo da guarda, enfim, tudo que se possa imaginar e nada que eu devesse perder. Dez anos completará agora em outubro que a perdi.
ResponderExcluirDiante de tudo isso, passado todo esse tempo, estou aquí vivo, contando a história. O melhor de tudo, é que, quando penso nela, sinto-me satisfeito, por lembrar de todos os momentos felezes que passamos juntos. A vida só é boa, devido aos seus altos e baixos. A vida é um jogo, onde se perde e se ganha, inclusive, muitas vezes, se troca. Levanta cabeça e segue em frente, pois pra frente é que se anda e o futuro pertence a DEUS.
Adorei o texto, muito bem coordenado. Parabéns!
Beijos,
Furtado.
As andorinhas do Mar chegaram
ResponderExcluirCom alegria tatuada nas penas refulgentes
Soltam chilreados estridentes
Dançam no azul, rodopiam contentes
A maresia adormeceu na areia
O mar transformou-se em espelho de água
Uma nuvem mirou-se nele
Verteu uma última gota de mágoa
Bom fim de semana
Doce beijo
a dor da perda é a mais dolorosa, porque não há remédio pra aliaviar, so o tempo. E cmo ele passa tão rápido ultimamente, talvez as dores não sejam tão prolongadas. Talvez.
ResponderExcluirReviver coisas antigas e felizes, apsera do presente contar, também tou assim.
Lindo texto!
ResponderExcluirEu uma vez me desesperei com a dor de uma amiga exatamente por não saber mensurar o tamanho da sua dor e queria ajudá-la de qualquer forma, mas sem ter como. Tem coisas que não temos como resolver.
Bjitos!
Passando com tempo e deixando um abraço amigo!
ResponderExcluirBeijos
Vou parecer mais uma daquelas comentaristas sem criatividade que só quer marcar presença. Mas não é isto. Simplesmente não tenho como dizer mais nada frente a um texto tão bonito. Me calo humildemente.
ResponderExcluirBjs, Dora
Você disse o que muitas pessoas sensíveis gostariam de dizer, Dora!
ResponderExcluirSimplesmente PERFEITO!!
Bjoooooooooo!!!!!!!!!!
Obrigado por tudo Sra. Cronista!!!
ResponderExcluirFica na paz!
Passei para agradecer a visita. Passe nos outro blog.
ResponderExcluirTem selo pra vc.
Bjs.
Sandra