Miniaturinha iminente

Pois então, eis que é (quase) chegada a hora. A rotina não tem sido nada tranquila. Todo tempo livre (literalmente, pode crer) eu tenho aproveitado unicamente para adiantar o "serviço" da pessoa aqui. É tanta coisa que apareceu pra fazer que me faz sim, cada vez mais ser adepta da boa e velha lei de Murphy.

Sim, claro, com a chegada da encarnação da minha herança genética precisa-se de um "dindin" a mais, isso é sabido de todos e seria um atenuante aos efeitos da tal lei. Mas vou dizer, tanto trabalho assim de uma vez só eu nunca tinha presenciado nesse meu humilde tempo em que procuro contribuir de algum modo para proporcionar às pessoas uma moradia mais... digamos adequada(?!) e agradável do ponto de vista estético (?!). Sério.

Tentei de todos os modos cumprir cada um dos meus compromissos antes do pequeno ser botar a cabecinha pra fora do incrível mundo da barriga materna, mas tenho cá meus receios (quase confirmados, na verdade) de que não poderei ser tão fiel assim a cada um dos clientes. Os quais devo dizer que nem sempre são um poço de compreensão. Muita calma nessa hora... rs

Entendi que não poderei ter um tempo exclusivamente para a miniaturinha de gente que se faz iminente. Mas entre outras coisas, a autonomia do trabalho tem suas vantagens também... entre um choro aqui e outro acolá, uma dormidinha (aleatória, me parece) e outra, vou levando. Pelo menos sou uma pessoa paciente (demais da conta para alguns). E vamos ver no que dá.

Semana que vem devo estar descobrindo enfim a carinha do meu habitante interno aqui. E, claro, já imaginei um sem fim de arranjos, combinações e permutações (aos que não são adeptos nem hoje e nem nos tempos de colégio de Análise Combinatória que me perdoem, mas foi a primeira coisa que me veio à cabeça...) para o resultado final. Mas está próximo o fim do "enigma".

O resto, tudo na santa paz. Tirando o início em que eu precisei de repouso absoluto (o que contribuiu para acumular o trabalho) porque o pequeno grão tinha dúvida se virava mesmo uma pessoazinha ou não, deu tudo certo. Foi um tempo de prenhez tranquilo. Pude continuar minhas rotineiras caminhadas, não engordei excessivamente (o que contribuiu para uma pressão arterial excelente), o pequeno obedeceu à força da gravidade e ficou de cabecinha pra baixo, o que também me favorece muito, já que tenho me preparado para um parto normal. Resta somente torcer para não haver nada fora da "linha" na hora H e eu precisar entrar no enorme rol de partos cesáreos que se alastram mundo afora... Isso não me deixará nada satisfeita, mas se for o melhor, paciência, né?!

Agora, confortável, confortável, não posso dizer que me sinta. Mais parece que carrego uma tonelada quando ando, sento ou levanto. Se mexer na cama é quase impossível. Os movimentos de pezinhos, cotovelos e mãozinhas doem um pouco agora, mas prefiro assim, porque signficam que está tudo bem com o meu inquilino aqui.

E no panorama atual: malas prontas, trinta e nove semanas e um dia (o que corresponde a nove meses já completos), um pouco mais de três centímetros de dilatação, o pirralhinho medindo cerca de cinquenta centímetros e pesando três quilos e meio. Agora vou esperar o desfecho e depois apareço de novo.

*Tinha tanta coisa pra escrever aqui, incluindo minhas bizarrices, mas devagar e sempre a rotina vai se ajustando.*