Devo constatar em resposta ao título que "nem sempre", pelo menos não cronologicamente falando. Mas isso se concretiza em muitos casos. E Renato Russo não foi um diferente. Jovem. Trinta e seis anos. E há controvérsias. Há quem o adore e quem o abomine. Claro, uma grande mente sempre causa isso. Extremos. Opostos. Não importa. Se provoca isso, já mostrou a que veio.
E sábado, ele completaria meio século de vida. Uma vida meio tumultuada, meio angustiada. É sempre assim com a maioria dos poetas (embora Fernando Pessoa diga que nem sempre), mas observo que na maioria dos casos (e isso não desconsidera as exceções, claro!), acontece assim.
Parece que escreve-se melhor em meio à tristeza. Meio mórbido talvez. Masoquista até, mas ao menos comigo é assim. O sumo das dores me parece produzir coisas mais sinceras.
Mas andei sim meio nostálgica essa semana. Escutei mais ainda as músicas dele. E isso eu sempre faço. Acho que até bem velhinha (se eu conseguir chegar lá, né?!). Mas não vejo outra alternativa nesse aspecto, dada a minha grande paixão pelo legado "russo" do poeta em questão.
Melancólico quase sempre. Dizem que a melancolia traz uma percepção maior do mundo, o que sempre acarreta mais sofrimento. O melancólico pensa mais sobre cada detalhe. Isso às vezes é meio angustiante sim (e devo confessar que me encaixo nesse grupo).
Pois é, e essa semana lembrei do tempo em que eu percebi pela primeira vez que "todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou", assim como que "toda dor vem do desejo de não sentirmos dor", além de muitas outras coisas... Na verdade, enquanto ele vivia, aproveitei pouco da obra dele, uma vez que só me dei conta dela na década de 1990, em meio à adolescência. E em 1996 ele se foi. Uma pena. Uma grande perda.
E eu sou meio que viciada em Legião. E olha que nunca fui muito do tipo super-fã no sentido mais fanático que se possa pensar. Nunca mesmo. Aquela coisa de ficar chorando e de amores platônicos e tal não é comigo - nem na adolescência. Sempre foi mais por identidade mesmo.
E aos que nunca acompanharam nada do que falei aqui, peço desculpas, mas senti-me quase compelida mesmo a postar algo sobre ele dessa vez... por quê?! Sei lá... vai ver a maternidade anda acentuando certos rompantes de nostalgia, mas além disso, sei que sempre vou" insistir nessa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi."
"É tão estranhoOs bons morrem jovensAssim parece serQuando me lembro de vocêQue acabou indo emboraCedo demais"
*Renato Russo*
Gosto muito de Legião e lamento não ser um pouco maior e gostar antes do som deles, para aproveitar enquanto Renato Russo era vivo e ir a um show deles.
ResponderExcluirBjitos!
E como não se sentir nostálgica ao pensar em alguma coisa que nos marcou?
ResponderExcluirSó "conheci" o poeta Renato Russo na adolêsncia, ou seja, depois da morte dele. Mas eu lembro do dia que ele se foi: a irmã mais velha de uma amiga chorava muito e dizia que tínhamos perdido um gênio. Só entendi essa frase muito tempo depois.
Viva Renato Russo e toda poesia que nos deixou.
Beijos
Ele faz mesmo muita falta. Falta ídolos e poetas à esta nação.
ResponderExcluirCOmo não toca A Legião, não ser tocado por ela e não cantá-la a final. COmo o "nem sempre" está em voga eu escrevo sempre hehehe e "nem sempre" as melhores são por um fato contemporâneo, nostálgico o da dor que se sente... Vem sempre da minha entrega as palavras prontas em algum lugar esculpido em mim.... O Linda cheiros pra ti, e ótim opsot hehhe Viva tu cheirosa e viva s Legião Urbana; beijos
ResponderExcluirMúsicas, músicos, compositores, poetas, escritores. Gostamos ou odiamos. Mas ele era O CARA!
ResponderExcluirBeijos
Acho que há também uma combinação com a falta que a gente sente quando perde alguém. Mas não há como negar, que com ou sem a falta, Renato Russo foi O cara. E vários outros... Vários outros partiram antes da hora... Talvez faça parte do estrelato.
ResponderExcluirpara mim o maior poeta brasileiro simplesmente o Maximo parabens pela homenagem
ResponderExcluirDora,
ResponderExcluirRenato Russo foi o cara que enlouqueceu minha adolescência com suas letras quase sem refrões. Quando escutei, pela primeira vez, "faroeste caboclo" no radio, ainda tinha censura. Na parte: "fica atrás da mesa com o cu na mão" na parte do "cu" fazia *PIIII*...ahahaha. Tempo bom aquele, época maravilhosa aquela. Bendito aqueles que puderam ir ao show do Legião, eu fui.
\o/
Beijo imenso, menina linda.
Rebeca
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Lindo post, Dorinha!
ResponderExcluirSinto muita falta da lucidez atormentada de Renato Russo para definir o mundo. Muitas vezes me pego tentando adivinhar o que ele falaria dos temas atuais, da internet, da calamidade ambiental, do Pt no poder fazendo tudo o que criticou. Acho que ele estaria mais infeliz do que nunca vendo o rumo da humanidade. Triste, né...
Bjos querida!
Assim que assisti esse vídeo, tive vontade de compartilhar com quem gosto aqui nessa blogosfera. Uma menina talentosa desse jeito, só pode ser muito iluminada.
ResponderExcluirConfira o espetáculo:
http://www.youtube.com/watch?v=518XP8prwZo&feature=player_embedded
Beijo imenso, menina linda.
Rebeca
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É bom termos admiração por artistas de conteúdo, Dora!
ResponderExcluirE se não fossem os fãs, ou seja, nós, eles se sentiriam ainda mais solitários, não?
Bjoooo!!!!
Ei, kd vv?
ResponderExcluirSaudades!