terça-feira, 3 de setembro de 2013

Cada um no seu quadrado

Hoje me deparei com a seguinte pergunta: como você trata pessoas que você sabe que não gostam de você? Bom, é uma pergunta interessante. Pessoas que falam pouco têm mais tempo de descobrir coisas e essa é uma delas, sendo assim, posso dizer que quase sempre percebo quando a pessoa não gosta de mim, falo pouco, sabe?
Mas nesse caso, sempre existem duas possibilidades: 1. as que fingem gostar; 2. as que não fingem. Obviamente, é no primeiro caso que há algum empecilho em descobrir, porque na segunda possibilidade eu não preciso especular.
E se eu noto que a pessoa não gosta de mim, em geral, eu finjo que não percebo. E os motivos para isso podem ser vários. Entre eles é o de não me importar muito com a opinião dela. Se é alguém a quem dou alguma importância, procuro "ir comendo pelas beiradas" até chegar nesse assunto e esclarecer enfim, o motivo do "desafeto".
Eu sou uma pessoa meio diferente dos "padrões", reconheço. Principalmente no que diz respeito à alta "receptividade" ou efusividade. Não compreendo como pessoas que acabaram de se conhecer podem ser tão abundantes em beijos e abraços. Acho duvidoso. 
Também não compreendo como podem compartilhar coisas - que deveriam ser íntimas - com quem acabaram de descobrir o nome. 
Pessoas excessivamente sorridentes e prestativas vejo com cautela. Eu acho que é "cada um no seu quadrado" até que venha alguma intimidade, o que a meu ver, só vem com o tempo. Tempo ao tempo. Educação é uma coisa, efusividade é outra. 
Minha mãe tem uma amiga que me rotulou de "educada demais" porque não pulei no pescoço dela antes de retrucar coisas do tipo "o prazer é meu". Na verdade, ela acha antipáticas todas aquelas pessoas que não se rendem aos exagerados e "calorosos" sorrisos e gracejos (muitas vezes, sem graça) que ela ostenta com a boca. E vale ressaltar que elas - a minha mãe e ela - já se desentenderam muitas vezes. O que eu tenho visto é gente assim é volátil. Os relacionamentos são sempre "intensos" e problemáticos. Imaturidade é o melhor define gente assim.
Eu comprovo isso a cada dia. Eu tenho amigas que estão na minha vida desde os meus quatro anos de idade e permanecem até hoje, como laços de sangue. Amizade é algo que se constroi lentamente. As coisas urgentes perdem muitos detalhes pelo caminho. A rapidez não favorece o aperfeiçoamento. É como diz o ditado: "a pressa é inimiga da perfeição" e por que com relacionamentos é diferente? Não acho.

3 comentários:

  1. " como pessoas que acabaram de se conhecer podem ser tão abundantes em beijos e abraços. Acho duvidoso." É isso mesmo. falei sobre o assunto também rsrs Muito bom saudosa Dorinha. cheiros pra ti. São estes com outro foco rsrs http://olharesdoavesso.blogspot.com.br/2013/08/contrato-de-fidelidade.html olharesdoavesso.blogspot.com.br/2013/08/desmembro.html http://olharesdoavesso.blogspot.com.br/2013/08/contrato-de-fidelidade.html olharesdoavesso.blogspot.com.br/2013/08/desmembro.html

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  2. Sou bem parecida com você, Dora. Amizade e confiança só chegam com o tempo. As vezes, reconheço nas pessoas um amigo em potencial e aí dou mais papo que aquelas que são efusivas ou não gostam de mim. rsrs
    Beijos

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  3. Vejo que o Roubando Palavras transformou-se.
    Vida que continua, palavras agora escritas em linhas.
    E cada um, dentro do seu quadrado!

    Felicidades.

    Beijo

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