Natal. Uma ênfase errada?!

E eis que o Natal se aproxima. Mas eu não sou muito fã dessa data. Os motivos são muitos. Entre eles, posso citar más recordações, por exemplo. Pois é, em algum momento não tive Natais tão alegres e cheios de união. Eles não se encaixaram nos “parâmetros” natalinos, digamos assim... E como se isso não bastasse, tenho sempre a impressão de que se faz tudo errado.
O Natal é uma festa que deveria relembrar o nascimento de Jesus. Eu sei que muita gente não acredita nEle. Sei também que na verdade essa data não corresponde ao Seu nascimento de fato. Mas o que importa, é que o Natal deveria servir para isso: relembrar o nascimento de Cristo. E as pessoas podem acreditar ou não; gostar ou não... mas a data deveria servir para isso sim.
Ao invés disso, o bom e velho Papai Noel rouba a cena e isso é algo também muito antigo. E não digo que o bom velhinho tenha culpa. Não. Pelo contrário... O inspirador do personagem Papai Noel foi alguém muito compromissado em auxiliar os outros e profundamente temente a Cristo também. (Leia mais aqui.) Inclusive isso também foi mudado, quando a idéia de “troca de presentes” no sentido de auxílio aos outros transformou-se em consumismo exagerado por parte das pessoas. É a melhor época para o comércio. Uma pena. Mas acho que a ênfase do Natal está errada.
E além disso tudo, ainda temos aquela “febre de solidariedade” que contamina muita gente nessa época, mas que é somente passageira e superficial. É um sem fim de cestas básicas distribuídas, brinquedos às crianças mais pobres, visitas a hospitais e asilos...
Não é que eu ache errado ajudar de forma esporádica e nem recrimino quem o faz, mas talvez ajudar somente em dezembro e esquecer os outros onze meses não seja justo e nem... “adequado” (?!). Parece mais uma coisa de modismos do que de comoção real pelo sofrimento dos outros. A fome, a miséria e as crianças de rua estão lá o ano inteiro e não apenas no Natal. Não é um cenário exclusivamente natalino, por isso, essa coisa toda de “espírito natalino” não sincroniza bem comigo.
Perdão aos mais conservadores, pois não quero com isso aborrecer ninguém e nem impor minhas opiniões - que diga-se de passagem, na maioria das vezes fogem aos “padrões” -, como sendo a verdade absoluta para o mundo. Não é isso. Mas acho muito pertinente expor as opiniões, ainda que contrárias às de quase toda a humanidade... rs rs rs...
E eu acho também que se o “espírito natalino” se fizesse presente em cada um o ano inteiro, as coisas poderiam ser muito diferentes... Pois é, falei!

*Eu recebi uns selinhos lindos de Lucizinha do Inspire-me, mas só vou organizá-los no próximo post para repassá-los. E desde já agradeço a essa pessoazinha tão especial*