A pior forma de ser feliz

Um prato de comida. Um diagnóstico positivo de alguma enfermidade. Um emprego. Um novo relacionamento amoroso ou a restauração de um antigo. Emagrecer. Um vestibular. Bons resultados na escola ou faculdade. A luz do dia. Dar alguns poucos passos que sejam. Um beijo. Um abraço. O sol. A chuva. Dinheiro. Roupas novas. Ostentação. Fama. Maquiagem. O anonimato. Ajudar os outros. Ensinar. Aprender. Juventude. Irresponsabilidade. Sanar um vício. Filhos. Uma religião. Um blog. Voltar no tempo. Recuperar algo que se perdeu ou alguém que já se foi...
É uma lista bem abrangente... mas sobre isso muito já foi falado. Muito já foi discutido. Muita teoria existe, mas nenhuma delas define em sua totalidade o que vem a ser essa tal felicidade. Para alguns pode ser algo tão “banal”. Para outros, algo inatingível. Enfim, se até agora não se conseguiu uma unanimidade conceitual, eu é que não vou saber definir direito.
Mas ainda que ninguém saiba definir direito, cada um sabe o que mais lhe apraz (?!). Cada um sabe se deve ser grato à vida que tem ou não... ou pelo menos deveria saber. E o que é banal ou não, é muito relativo. Particularmente, não acho que ser feliz seja banal de jeito nenhum. Cada um é que sabe de si. E cada um sabe o que mais lhe faz feliz. Não cabe a ninguém julgar isso.
Eu não gosto muito de questionar o estilo de vida das pessoas. E não gosto de rotular também. E uma coisa que aprendi a duras penas foi que as aparências muitas vezes enganam e muito. Em geral, a gente só sabe da vida das pessoas o que elas nos permitem saber. Às vezes as informações chegam até nós meio equivocadas como na antiga brincadeira do “telefone sem fio”. Às vezes, a gente vê o que quer. E às vezes é bem mais fácil falar mal dos outros do que cuidar da nossa própria vida.
Sermões moralistas também não fazem muito o meu estilo. E esta semana presenciei uma pessoa fazendo isso... deixou a pobre vítima mais rasa que o chão. Não concordo com esse tipo de atitude. Não e não! E digo sem medo de errar que ficar feliz em humilhar os outros é uma das piores (senão a pior) forma de ser feliz. E esta felicidade está fadada ao fracasso. Sem dúvida.