Algumas teorias de aniversário...

Que o mundo dá voltas não é novidade, mas as voltas que a vida dá ainda me surpreendem. Algumas vezes encantam, outras nem tanto. Nem tudo o que eu sonhei para a minha vida aconteceu, mas isso não é nenhuma tragédia e nem tampouco um privilégio só meu. Acho até que isso traz um amadurecimento inegável. (E eu até poderia escrever algo do tipo “Dez maneiras de lidar com a decepção”, porque acho que lido muito bem com ela. Mas não vou fazer isso, pelo menos não por enquanto, no momento estou só brincando mesmo, mas se alguém quiser fazer encomendas...) Às vezes as alegrias e algumas realizações também me batem à porta.
O conceito de felicidade é muito variado entre todos, depende de muitas coisas e é muito subjetivo. E apesar das minhas “não-realizações” acho que sou feliz.
Muitas vezes me pergunto se não teria eu nascido numa época errada, porque decididamente não vejo muita importância (pelo menos não tanto quanto a maioria das pessoas) em relação a certas coisas do mundo “moderno”. E tenho absoluta consciência de que isso me atrapalha às vezes... aliás, às vezes não... Quase sempre!
Já o conceito de amor não é tão variado, mas acho que está muito interligado ao anterior (o da felicidade). E talvez eu esteja começando a mudar o meu, talvez esteja me “desromantizando” (acabei de inventar esta palavra e por hora acho que não a roubei de ninguém), mas andei pensando que talvez o melhor amor não seja aquele que acelera o coração, faz perder o fôlego e desorienta... Sem dúvida é este o mais encantador e sedutor.
Talvez (só talvez), o melhor amor seja o que te acolhe com ternura em meio ao sofrimento. Talvez o melhor amor seja o que te aceita do jeito que és e não do jeito que “ele” gostaria que fosses. Não sei direito. Digamos que isso seja apenas uma “teoria” minha, talvez maluca e talvez não...
E em geral, aos dois de maio de cada ano, elas (as teorias) surgem aos montes na minha cabeça. Quase sempre malucas é bem verdade... Mas há de se convir que teorias nem sempre chegam à prática e nem sempre são verdades, são apenas... teorias.

Não gosto dos meus aniversários... a razão específica não sei. Mas nesse dia, sempre fico mais pensativa que o habitual, talvez pela expectativa de um novo "ano" para mim... quem sabe?! Ou talvez isso seja apenas mais uma das minhas incontáveis teorias de aniversário.